PRINCIPAIS DOENÇAS

OLHO SECO

Olho seco, ocorre quando existe deficiência ou falta na produção das lágrimas.

Os principais sintomas são:
• ardência nos olhos
• olhos vermelhos
• coceira
• dor ou sensação de areia nos olhos
• visão embaçada.

O olho seco pode ser causado por:
• deficiência da produção das lágrimas
• lesões oculares predisponentes (conjuntivites , meibomites ).
• devido ao uso de alguns medicamentos ( ex. Antialérgicos , anti-hipertensivos ).
• algumas doenças sistêmicas (ex. Síndrome de sjögren)
• fatores ambientais (ex. Ar-condicionado, ventilador, clima seco etc)

O tratamento geralmente é realizado com o uso de lágrimas artificiais, mas deve-se sempre encontrar a causa do olho seco , para assim indicar o melhor tratamento.

CATARATA

A catarata é uma doença ocular que afeta o cristalino (lente natural dos nossos olhos) levando ao embaçamento da visão. Sem o devido tratamento esse quadro pode provocar a perda total da visão.

Atualmente podemos classificar quatro tipos de catarata:

Catarata senil: é a mais comum e acontece geralmente com o avançar da idade.
Catarata congênita (também conhecida como catarata infantil): aparece logo no nascimento ou se desenvolve durante os primeiros seis meses de vida;
Catarata secundária: é provocada por alguma doença sistêmica, uso prolongado de alguns medicamentos ou por tratamentos que englobam radiação.
Catarata traumática: ocorre por lesão nos olhos, podendo ser por trauma contuso ou perfurante.

A cirurgia é a única maneira eficaz de tratar a catarata. A função da cirurgia é remover o cristalino opaco, e, em seguida, o implante de uma lente intraocular (LIO).

GLAUCOMA

Doença caracterizada por alterações do nervo óptico, associada a uma piora progressiva do campo visual, cujo principal fator de risco é a elevação da pressão intracular.

É caracterizado por uma perda silenciosa (não percebida) e progressiva do campo de visão que culmina na cegueria irreversíval.

Os pacientes não tratados perdem a visão primeiramente periférica e depois central.

O tratamento consiste no uso contínuo de colírios hipotensores oculares.
A cirurgia está indicada quando ocorre a impossibilidade de controlar a pressão ocular dentro de níveis seguros.

É de extrema importância para o diagnóstico precoce da doença, a medida da pressão ocular de rotina, especialmente entre os pacientes com mais de 40 anos de idade e naqueles com antecedentes familiares de glaucoma, assim como o uso regular da medicação prescrita e exames subsidiários periódicos ,para aqueles pacientes que já apresentam a doença.

DESLOCAMENTO DE RETINA

É caracterizado pela separação da retina neurosensorial, com acúmulo de líquido sob esse espaço.

O descolamento de retina pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum em pacientes com alta miopia.

Os pacientes não tratados perdem a visão de forma irreversível.

O tratamento consiste em cirurgia de vitrectomia posterior e/ou retinopexia.

A cirurgia deve ser feita o quanto antes, pois a medida em que a retina permanece descolada, as chances de recuperação são menores. Visualização de flashes de luz ou floaters (moscas volantes) devem ser avaliados imediatamente.

Os pacientes com roturas na retina, devem ser tratados imediatamente com fotocoagulação a laser.

DEGENERAÇÃO MACULAR (DMRI)

A DMRI é uma doença que acomete a mácula (região central da retina) e tem como sintomatologia o embaçamento da visão central (dificuldade para ler e reconhecer a face das pessoas) e a visão distorcida (metamorfopsia).

É a doença ocular mais comum em pacientes com mais de 50 anos de idade.

Ainda não se sabe a causa da DMRI , mas já se sabem alguns fatores que aumentam o risco para desenvolvimento da doença:
• idade
• predisposição genética
• tabagismo (cigarro)
• exposição a luz solar
• hipertensão arterial
• obesidade
• ingestão de grandes quantidades de alimentos gordurosos e dieta pobre em frutas e verduras.
A DMRI pode ser divida em 2 grupos: forma seca (drusas e atrofia geográfica) e forma exsudativa, (molhada ou úmida).

A forma seca é menos grave e na maioria dos casos, os pacientes têm boa visão

Já a forma úmida, pode levar a perda da visão central de forma irreversível. No entanto, se tratada precocemente, é possível manter a visão do paciente estável por anos.

O tratamento na forma úmida consiste no uso de agentes antiangiogênicos: bevacizumab (avastin), ranibizumab (lucentis) ou aflibercept (eylia).
Terapia fotodinâmica, fotocoagulação a laser e cirurgia vitreorretiniana são outras opções de tratamento.

Já a forma seca é indicado o uso de polivitamínicos , segundo alguns estudos clinicos (areds e areds 2).

CERATOCONE

Ceratocone é uma condição caracterizada pela deformação progressiva da curvatura da córnea (estrutura transparente que reveste a parte anterior do olho), provocando nela um afinamento em forma de cone. Geralmente se manifsta na adolescência , com uma progressão até cerca de 30 anos de idade.

O ceratocone pode ser causado por uma combinação de múltiplos fatores. O avanço da doença resulta em miopia e astigmatismo , trazendo como sintomas visão embaçada e distorcida.

O tratamento do ceratocone é variável , pois depende do grau de evolução e da idade do paciente.

Ceratocones leves podem ser tratados com uma prescrição adequada de óculos ou lentes de contato, porém, casos mais avançados pode-se indicar o uso de anel estromal ou transplante de córnea. A cirurgia de crosslink de colágeno deve ser indicada em casos que queremos diminuir a progressão da doença , evitando assim a necessidade de um transplante de córnea.

CONTATO